segunda-feira, 30 de março de 2015

Dez procedimentos médicos que as mulheres grávidas devem rejeitar por serem violência obstétrica

Mulheres, confiram as principais intervenções e práticas médicas que devem ser recusadas:


1. Marcar cesárea eletiva antes da DPP (Data Provável do Parto): de acordo com a nova tabela da ACOG (o colégio americano de ginecologia), os bebês só são considerados a termo a partir das 39 semanas. Quando o bebê está pronto para nascer, o último órgão que resta amadurecer, que é o pulmão, libera hormônios no organismo materno, desencadeando o trabalho de parto. Só o feto sabe a hora de nascer. Tirar o bebê antes da mãe entrar em TP aumenta o risco de complicações respiratórias no feto.
2. Induzir o parto sem razão clínica comprovada: a indução de parto, o famoso "sorinho", nunca deve ser feito de rotina. O seu uso sem indicação pode aumentar as dores do trabalho de parto de forma repentina, desarticulando o processo natural ou até provocando sofrimento fetal, eventualmente.
3. Cesárea em primíparas em gestação de baixo risco: é preciso evitar a primeira cesárea. O procedimento pode vir a comprometer todo o futuro obstétrico da mulher.
4. Cesárea de repetição após uma primeira cesárea: seja qual for a razão da primeira cesárea, não se deve marcar uma cesárea na gestação seguinte automaticamente, e sim esperar pelo trabalho de parto.
5. Ultrassons depois da 24ª semana de gestação: esse exame pode ser muito útil se usado paliativamente. Mas após as 14 semanas de gestação, a US perde a capacidade de medir tamanho, peso e idade gestacional com precisão, devendo ser usado apenas para dar estimativas desses valores, ou em casos onde a gravidez apresente complicações.
6. Monitoramento eletrônico contínuo: o monitoramento é essencial quando há sinais de perigo como febre, sangramentos com dor intensa, pressão irregular ou coceira incomum, mas nas gestações saudáveis o monitoramento constante, como o exame com o cardiotoco, é invasivo e deve ser evitado.
7. Analgesia muito cedo durante o TP: antes considerada a "solução" para o parto vaginal, agora tem sido considerada com muito mais cuidado. A analgesia pode causar reações inesperadas e desencadear, assim como qualquer outro procedimento de rotina, uma série de eventos que pode pôr em risco a vitalidade da mãe ou do feto.
8. Descolamento de membranas de rotina: essa é uma forma de indução que vem sendo abolida por não apresentar evidências da sua eficácia se aplicado rotineiramente. De fato, o descolamento aumenta o risco de infecção materna.
9. Episiotomia de rotina: essa prática vem sendo combatida no mundo todo por não apresentar resultados mais satisfatórios do que a laceração natural. A recomendação atual é orientar a gestante em TP a adotar posições mais verticalizadas, usar piscina ou banheira durante o expulsivo, fazer exercícios pélvicos e conhecer seu corpo para sentir a hora certa de fazer força para evitar danos na região.
10. Colocar o recém-nascido num berçário: a primeira hora de vida do bebê é conhecida como a "hora de ouro". A OMS recomenda que o bebê seja imediatamente colocado em contato pele a pele para manter a temperatura corporal e fortalecer a ligação com a mãe para facilitar a amamentação, que deve acontecer também dentro dessa primeira hora. A amamentação pode ajudar na saída da placenta, que é o último estágio do parto, e reduzir a hemorragia. O alojamento conjunto é fortemente recomendado para que esse processo seja o mais prazeroso possível.

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