sexta-feira, 7 de novembro de 2014

O ciúme é um dos sentimentos destrutivos que mais afetam os relacionamentos

Podemos dizer que só existem duas possibilidades, ou o ciumento tem razão em ter ciúmes ou não tem. Ou seja, ele está sendo traído ou não. Esta é a questão básica no ciúme: a incerteza. O ciúme é recheado de incertezas, duvidas, possibilidades horrorosas de traição que nunca se confirmam mas sempre se insinuam.
Para o ciumento sentir-se melhor ocorrem "tentativas" insanas de segurança como por exemplo proibir a outra pessoa de usar roupas justas, de sair com amigos, de chegar tarde, de não telefonar a cada 15 minutos para dizer onde está.
Estas "tentativas" de segurança não dão certo, ou seja não proporcionam segurança e o ciúme não é eliminado, pelo contrario a cada proibição e exigência o ciúme fica mais forte pois algo dentro dele diz que a outra pessoa não o traiu porque ele “fechou o cerco”, sendo assim ele sente que precisa ser cada vez mais controlador. Com este comportamento não há relacionamento que resista.
Há duas opções:
- Considerar que está se relacionando com alguém com possibilidade de trai-lo  - neste caso devemos se dar conta de que este relacionamento não merece continuidade.
- Perceber que não está se relacionando com alguém com possibilidade de trair – neste caso concluímos que o ciúme não tem base para continuar.
O problema do ciúme costuma ser levado a psicoterapia quando a pessoa chega a esta conclusão: tenho um ciúme exagerado sem qualquer base para tê-lo. Neste caso o sentimento é percebido como desproporcional e sem fundamento.
Quando o ciúme é grande sempre compromete o relacionamento, e não há como a outra pessoa considerar que seja amor.
É possível que a pessoa que sente ciúme exagerado, desproporcional e infundado tenha vivido situações de muita insegurança com aqueles que deveriam ser de maior confiança (talvez seus pais).
A psicoterapia vira a reestruturação destes sentimentos de forma a não haver mais a confusão de papéis e a transferência de sentimentos onde as pessoas que estão hoje na vida deste paciente acabam “pagando o pato” por situações vividas anteriormente pelo paciente.

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